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Saae realiza sondagem em 141 km de rede de água

Mais uma importante ação está em execução pelo Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Fé do Sul. Desde o dia 27 de fevereiro uma equipe da empresa A.N. Soluções Ambientais realiza uma sondagem para detectar locais onde possa estar havendo perda de água na rede.

A ação é uma parceria do Saae Ambiental com o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) – da secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, que financia programas e ações na área de recursos hídricos que promovam a melhoria e a proteção dos corpos d’água e de suas bacias hidrográficas.

A empresa especializada para execução a A.N. Soluções Ambientais percorrerá ruas e avenidas com funcionários devidamente uniformizados, fazendo a sondagem e marcação a tinta de possíveis locais com vazamento. Serão mais de 141 quilômetros de redes sondados.

De acordo com o superintendente do Saae, o engenheiro José André do Nascimento, as perdas de água nos sistemas de abastecimento correspondem à diferença entre o volume total de água produzido nas estações de tratamento e à soma dos volumes medidos nos hidrômetros instalados nos imóveis dos clientes.

Existem dois tipos de vazamentos: os vazamentos visíveis, que afloram na superfície do pavimento e das calçadas, sendo informados pela população e rapidamente reparados; e os vazamentos não visíveis, que não afloram na superfície e cuja localização depende da realização de ações de varredura nas redes e ramais para sua localização, com a utilização de equipamentos por métodos acústicos.

É importante que a população saiba que no Brasil são extraídos mais de 16 bilhões de m³ de água por ano dos mananciais hídricos (segundo dados da SNIS 2018) que são transformados em água potável. As “perdas de água”, representam um enorme desperdício, cujas consequências danosas são sentidas por toda a sociedade, além dos prejuízos causados ao meio ambiente.

Não existe perda zero, ou seja, todos os sistemas de abastecimento do mundo, por melhor que seja a infraestrutura e sua operação e manutenção, possuem perdas de água.

 

No Brasil, para cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída, 38 litros são perdidos no caminho por vazamentos. Essa foi a conclusão do estudo do Trata Brasil que revelou o índice médio de 38,3% de perdas no país. Em volume, isso significa 6,5 bilhões de m³ de água tratada jogada fora.

Apenas com essa perda, seria possível abastecer 30% da população brasileira por um ano. E concomitantemente, se a água que os consumidores utilizam fosse corretamente medida e faturada, em termos de valores seriam acrescidos R$ 12 bilhões ao ano de receita às empresas de saneamento básico (valor superior ao investimento em água e esgotos no mesmo período: R$ 11 bilhões), que poderiam ser investidos na qualidade e universalização dos serviços de água e esgoto.

“O combate às perdas demanda um esforço permanente, pois as perdas de água têm uma tendência natural de aumento, ou seja, se nada for feito as perdas aumentam pois, com o passar do tempo, a infraestrutura envelhece, surgem novos vazamentos, os hidrômetros perdem precisão e as irregularidades aumentam. Assim é preciso realizar um nível de esforço e aplicação de recursos para evitar que as perdas aumentem, e um nível adicional para reduzir as perdas”, concluiu José André.